quarta-feira, 10 de julho de 2013

FMI corta projeção de crescimento do Brasil para 2,5% em 2013

Fundo ainda reduziu previsão para o próximo ano: de 4% projetados em abril para apenas 3,2%

Consumidores observam preços em Supermercado
FMI fez alerta para inflação elevada no Brasil (AFP)
 
O Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou novamente a projeção de crescimento da economia brasileira em 2013 e 2014, conforme relatório divulgado pelo órgão nesta terça-feira. A instituição agora prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 2,5% neste ano, ante expectativa de alta de 3% no último relatório, de abril. Para 2014, a revisão para baixo foi ainda maior: de 4% para 3,2%.  O FMI vem cortando sucessivamente as projeções de desempenho da economia brasileira: em abril, o Fundo já havia rebaixado as projeções para o Brasil ante um relatório divulgado em janeiro, que por sua vez também trazia redução nas estimativas ante outro documento, de outubro de 2012.

De acordo com relatório, o Brasil foi o país que teve a maior redução na perspectiva de crescimento do PIB para 2014. Nas estimativas para 2013, a Rússia e a África do Sul tiveram cortes maiores nas projeções. No caso da Rússia, a expectativa passou de 3,4% para 2,5% para este ano, enquanto a África do Sul teve corte foi de 0,8%, para 2%.

Na América Latina, o México também teve revisão para baixo nas projeções de 2013, de 3,4% (abril) para 2,9% (julho). A região como um todo deve ter avanço de 3% este ano e 3,4% em 2014, corte de 0,4 e 0,5 ponto percentual nas previsões divulgadas em abril.

O FMI cortou ainda sua previsão para o crescimento global em 2013 a 3,1%, mesmo ritmo de expansão do ano passado, mas abaixo da previsão de 3,3% divulgada em abril. O Fundo também reduziu sua previsão para 2014 a 3,8%, ante previsão anterior de 4%. 

Emergentes - No geral, os mercados emergentes vão, em sua maioria, crescer menos que o esperado pelos economistas da instituição, como também já havia alertado a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) esta semana.

Alguns fatores responsáveis por este ritmo fraco de expansão são: falta de infraestrutura adequada, crescimento menor da demanda externa, queda nos preços internacionais das commodities e, mais recentemente, o aumento da instabilidade dos mercados financeiros globais.

Além de já estarem crescendo menos, os riscos de que os emergentes continuem desapontando aumentam. A razão é um cenário externo mais incerto, por conta das expectativas de mudanças na política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), limitações impostas pela contínua falta de melhora da infraestrutura doméstica e expansão baixa do crédito bancário.

China - A China deve crescer 7,8% em 2013 e 7,7% em 2014, respectivamente um corte de 0,3 e 0,6 ponto porcentual ante as apostas divulgadas em abril. Os países emergentes em seu conjunto devem se expandir 5% este ano e 5,4% em 2014. Os dois números tiveram redução de 0,3 ponto ante a estimativa divulga em abril pelo FMI. Fonte: Veja.com (com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

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